sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ultras cultural

O ícone, a herança e o dever do protestantismo

*Regerson Ribeiro Thomé

Há exatamente 465 anos, morria em Eisleben, na Alemanha, Martinho Lutero, líder da reforma protestante.[1] Muitos não sabem, mas ele é o fundador de uma denominação do cristianismo, chamado de luteranos, protestantes ou evangélicos.

Lutero foi padre da Igreja Católica Apostólica Romana, e professor de teologia. Nascido no dia 10 de novembro de 1483, em Eisleben, mesma cidade aonde faleceu. Ele ensinava seus fiéis que a salvação se obtém através da fé em Jesus Cristo e como um presente de Deus, e não apenas com boas obras.
A sua grande notoriedade foi desfiar o poder da Igreja, com as suas 95 Teses, em 1517, aonde critica a venda de indulgências. No dia 3 de janeiro de 1521, foi excomungado pelo Papa Leão X, na bula "Decet Romanum Pontificem".[2]
Casou-se, em 13 de junho de 1525, com Catarina Von Bora, uma ex-freira cisterciense. O matrimônio trouxe seis filhos, Johannes, Elisabeth, Magdalena, Martin, Paul e Margaretha.[3]
Todavia que o ex-padre, nunca quis fundar uma nova denominação, a sua vontade era reformar a Igreja de Roma, algo que gerou discordância com o teólogo francês João Calvino, outra figura de grande influência na Reforma Protestante, pois Calvino acreditava que a Igreja Católica estava degenerada e precisava ser refeita, lembrando à Igreja Primitiva. [4]
Muitos historiadores relatam que já havia setenta ramificações espalhadas pela Alemanha, antes da morte de Martinho, algo que o deixou profundamente descontente com o efeito reformista.
Atualmente existem diversas igrejas protestantes, segue até hoje a fundação de novos ministérios, uma tradição entre eles. Inicialmente no século XVI, foram formadas as denominações do chamado Protestantismo histórico, composto pelo Luteranismo, Anglicanismo, Calvinismo: Presbiterianismo e Congregacionalismo e Anabatismo. Nos séculos seguintes surgiram outros grupos reformados, chamados de Protestantismo tardio, destaque para os Batistas e os Metodistas. [5] [6]
No Brasil a palavra evangélico é mais utilizado para identificação dos protestantes. Eles são cerca de 27.900.000 no país, ou seja, 15,0% da população. O maior movimento aqui é o pentecostalismo, que se divide em três períodos: primeira onda pentecostal, segunda onda pentecostal e terceira onda pentecostal. [7]
No entanto independentemente da sua visão a respeito do fenômeno da Reforma Protestante, devemos sempre propor a pacificação entre os cristãos. Somente com a união de todos podemos resistir contra os males do mundo.

*Acadêmico de Educação Física – PUC PR

Fontes:
1. Plass, Ewald M. "Monasticism," in What Luther Says: An Anthology. St. Louis: Concordia Publishing House, 1959, 2:964.
2. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm. Acesso em: 17 de fev. 2011.
3. Disponível em: http://www.lutherin.de/bora1_es.html. Acesso em: 17 fev. 2011.
4. João Calvino – Vida e Obra. 500 Anos de Calvino – IPI do Brasil. Disponível em: http://www.ipib.org/especiais/calvino09/. Acesso em 17 fev. 2011.
5. Disponível em: http://www.baptisthistory.org/baptistbeginnings.htm. Acesso em: 17 fev. 2011.
6. Disponível em : http://www.umc.org/site/c.lwL4KnN1LtH/b.1720691/k.B5CB/History_Our_Story.htm. Acesso: 17 fev. 2011.
7. Freston, Paul. Breve história do pentecostalismo brasileiro. In: Antoniazzi, Alberto (coordenador). Nem anjos nem demônios: Interpretações sociológicas do pentecostalismo Petrópolis: Vozes, 1994, p. 67-162.

Um comentário:

  1. A salvação é pela fé em Jesus Cristo, realmente. No entanto, quem acredita de coração é que segue seus ensinamentos. não adianta nada falar da boca pra fora que acredita se o coração é duro. Deus sonda aos corações. Se a Salvação é pelas obras então Jesus mentiu ao dizer que o ladrão pregado ao lado dela na cruz estaria com ele, que Zaquel encontrou a salvação. Ali não foi as obras que os salvarão, mas a fé em Cristo e o arrependimento verdadeiro.

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